Tuesday, May 11, 2010

"Nada"


Já não há muito mais, nada é concreto
não tenho nada, e o que te posso dar caiu num universo
negro, que me faz gritar, lutar contra o que não vejo..
Sintome cego! posto a julgar um mundo que achei perfeito!
Não há nada que possa mudar, por dentro eu estou oco.
Dei tudo o que tinha, ainda que desprezes e aches pouco,
Gritei até ficar rouco, corri até a fadiga encontrar-me
no estado que era desejado, transpirado e sujo,
sem orgulho, nem vaidade, sem beleza nem charme
deixe-os comer da minha carne..
beberem do meu sangue,
e saciar essa vontade que aos poucos fez o meu "eu" abandonar-me.
Ninguem te disse que aguentares-te de pé seria facil,
o caminho é longo, e não há nada no horizonte.
Resistir, e continuar...é na fé que esta a fonte...
Entre planicies desertas, montes, a angustia e o desespero,
acasalam dentro de mim, dando a lúz ao fim do "ego"!
Nada do que eu vi era o que eu julgava ser,
mas quando nasci ninguem me disse que teria de aprender a ver..
Desabafei com uma pagina, como se ela pudesse entender...
Escrevi sobre uma pessoa, como se ela pudesse entender...
Desisti de correr como se o chão pudesse levar-me.
Amei "só" a palavra, como se ela pudesse amar-me.














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