Monday, June 7, 2010

"Amblíope"


Eu metime num caminho desconhecendo tudo que o envolvia,
ignorando os perigos, os alertas de quem me rodeava e o receio de quem por mim temia.
Eu não sabia, mas isso é subtil, caminhei sobre futeis prioriadades.
O mundo não espera por nos! Corre em busca do mealheiro de felicidade.
Alheio e posto de parte, por nao saber amar.. isso reparte a minha alegria
por um povo desnutrido e que carece de todo sentimento, como continente de onde provinha.
Olhaste com a indiferença, que o sem abrigo sente todos os dias
Olhaste com a frieza do frio que lhe chega todos dias.
Olhaste com a indignação, com que ele reza todos os dias.
Sim, olhamos com a visão, que nos cega todos os dias.
Eu metime numa corrida sabendo exactamente onde perderia o fôlego,
conhecendo o percurso, as adversidades e onde iria terminar.
Eu sabia, mas foi imprevisivel o clima,
impensavel que o meu corpo não resisitiria e do nada ele oscila..
Roça a banalidade, abraça o vazio que só nos mata..
Aos poucos, dando a sensação que estás sozinho, tremendo na geada...
A vista está desfocada, guiou-me de forma errada,
ou estará a minha vista correcta e eu insisto em desviar-me da estrada.
Olhaste com ódio para quem nem sabe como essa palavra compor.
Olhaste com desprezo, quem nunca distinguiu uma cor...
Olhaste com repugnancia, quem só procurou em ti calor,
ou um olhar que aconchega-se diferente do mundo que para traz deixou ....
(...)