Friday, March 16, 2012

"Insignificancia"











Isto nao tem relevancia mas contem a verdade de alguem.

Isto nao tem importancia mas contem a infancia de alguem.

Palavra tão comuns como as que usas diariamente,

tão profundas como 'aquele' sentimento que hoje esta quase inexistente.

Insignificante como o valor de uma nota para quem carece de visão,

e que para alem da miopia ainda se bate com a exclusão...

O mundo poe-te a parte, o mundo pos-te a parte.

Só resta o significado que dás ao que eles acham que é insignificante.















Tuesday, December 7, 2010

Conto o tempo ...


Conto contos a Lara, todas as sextas enquanto a vejo adormecer..
Conto historias que a minha mãe me contava enquanto me via adurmecer.
Conto letras no meu quarto, sonhando como um dia iria ser,
contar ao mundo tudo o que vivenciei, para um dia poder vencer.


Conto poemas a Lara, sabendo que ela não os está a entender..
Conto versos ansioso por ver o dia desvanecer..
Conto lagrimas, angustias, renuncias que me levaram a crer,
que o que conto são grãos de areia no deserto do "saber".
Conto o tempo só por saber o que isso significa.
Conto o tempo por saber que ele já nada significa.

Friday, December 3, 2010

Preciso...



Preciso de ti, és mais forte que eu ..
eu ja tantas vezes desisti, duvidei perguntei-me se seria capaz.
tu achas que sou capaz?
se sincer* por favor..
o tempo urge, os dias passam e as palavras esgotam!
As forças esgotam..
Eu sempre quiz ficar do teu lado, mas é dificil chegar ai pelos meus próprios pés...sou fraco!
Vejo-me a mim mesmo, onde não queria ver, satisfeito com uma felicidade "plastica"
que dura somente o que é suposto durar.

Monday, June 7, 2010

"Amblíope"


Eu metime num caminho desconhecendo tudo que o envolvia,
ignorando os perigos, os alertas de quem me rodeava e o receio de quem por mim temia.
Eu não sabia, mas isso é subtil, caminhei sobre futeis prioriadades.
O mundo não espera por nos! Corre em busca do mealheiro de felicidade.
Alheio e posto de parte, por nao saber amar.. isso reparte a minha alegria
por um povo desnutrido e que carece de todo sentimento, como continente de onde provinha.
Olhaste com a indiferença, que o sem abrigo sente todos os dias
Olhaste com a frieza do frio que lhe chega todos dias.
Olhaste com a indignação, com que ele reza todos os dias.
Sim, olhamos com a visão, que nos cega todos os dias.
Eu metime numa corrida sabendo exactamente onde perderia o fôlego,
conhecendo o percurso, as adversidades e onde iria terminar.
Eu sabia, mas foi imprevisivel o clima,
impensavel que o meu corpo não resisitiria e do nada ele oscila..
Roça a banalidade, abraça o vazio que só nos mata..
Aos poucos, dando a sensação que estás sozinho, tremendo na geada...
A vista está desfocada, guiou-me de forma errada,
ou estará a minha vista correcta e eu insisto em desviar-me da estrada.
Olhaste com ódio para quem nem sabe como essa palavra compor.
Olhaste com desprezo, quem nunca distinguiu uma cor...
Olhaste com repugnancia, quem só procurou em ti calor,
ou um olhar que aconchega-se diferente do mundo que para traz deixou ....
(...)

Tuesday, May 11, 2010

"Nada"


Já não há muito mais, nada é concreto
não tenho nada, e o que te posso dar caiu num universo
negro, que me faz gritar, lutar contra o que não vejo..
Sintome cego! posto a julgar um mundo que achei perfeito!
Não há nada que possa mudar, por dentro eu estou oco.
Dei tudo o que tinha, ainda que desprezes e aches pouco,
Gritei até ficar rouco, corri até a fadiga encontrar-me
no estado que era desejado, transpirado e sujo,
sem orgulho, nem vaidade, sem beleza nem charme
deixe-os comer da minha carne..
beberem do meu sangue,
e saciar essa vontade que aos poucos fez o meu "eu" abandonar-me.
Ninguem te disse que aguentares-te de pé seria facil,
o caminho é longo, e não há nada no horizonte.
Resistir, e continuar...é na fé que esta a fonte...
Entre planicies desertas, montes, a angustia e o desespero,
acasalam dentro de mim, dando a lúz ao fim do "ego"!
Nada do que eu vi era o que eu julgava ser,
mas quando nasci ninguem me disse que teria de aprender a ver..
Desabafei com uma pagina, como se ela pudesse entender...
Escrevi sobre uma pessoa, como se ela pudesse entender...
Desisti de correr como se o chão pudesse levar-me.
Amei "só" a palavra, como se ela pudesse amar-me.














Pedaços de uma folha


Eu preciso encontrar-te, preciso que me digas se isto serve,
que me expliques o sentido da vida enquanto vejo cair a neve.
Eu preciso abraçar-te, e deixar que o teu olhar me leve,
até ao lugar... onde o amor apenas se sente e não se escreve.
Fechado mas sem paredes, só em ti tive a liberdade,
que hoje vejo afastar-se deixando-me outra vez trancado!
"Enchi" centenas de folhas, para conseguir escrever-te uma carta...
E o que mais queria que ouvisses perdeusse,
num dos pedaços desta folha rasgada...
Não tenho jeito para as palavras, apenas deixo-as cair aleatoriamente,
como as folhas no Outuno, deixo-as guiar-se pelo vento...
È simples e verdadeiro, como o sorrizo duma criança.
Apôs a chuva intensa o arco-íris é a "bonança",
correndo o mundo sem receio, apenas com amor e esperança.
Não há dor, e tudo resto que possa trazer turbulencia.
E simples, como eu querer a luz no meio da escuridão,
como partilhar com alguem mais carente, um pedaço do meu pão.
È simples como um "bom dia" torna diferente a tua rotina,
porque só na ausencia sentes a falta daquilo que hoje tens e não ligas!
È simples como eu dizer, que só escrevo p´ra ti em folhas rasgadas.
Porque o que mais queria que tu lesses,
está num pedaço de papel algures numa gaveta abandonada(.....)

Thursday, May 6, 2010

My Angel




Não deixes a caneta fugir, ou deixa-me ir atraz dela.
Eu preciso de senti-la a riscar mesmo que não sejam palavras belas,
Nunca quiz largar-te, se eu menti, tu mentiste-me.
Porque disse o que não escrevi e quando escrevi não te disse...
As vezes a tinta é pouca, e faz-me encurtar as palavras.
Faz-me guarda-las como a roupa suja com que enterramos as nossas magoas
Disses-te que eu era tudo, eu disse que eras um anjo..
Que me albergava no teu mundo, sem rumo fui viajando.
Perdi-me... e reencontrar-me é duro!
Não adianta espernear não há sentimentos no escuro...
E as vezes ela escapa-me, deambula nas linhas,
Regista momentos que não sabia, mas duma vida que ainda é minha...
Eu não posso ser o que esperas, acredita, e se há esperança!
Um fim agora, é mais facil... guarda todas boas lembranças.
O olhar de criança, perdeu-se, no meio de tantas mazelas.
Preciso da minha caneta, mas já não vou atraz dela ......